Carga de 1,6 tonelada de leite condensado que caiu em cliente no RS era o dobro do que máquina suportava, diz MTE
Empresa foi autuada. Máquina conhecida como transpaleteira carregava pallet com 1,6 toneladas a uma altura de 4,8 metros, quando a carga máxima permitida para...

Empresa foi autuada. Máquina conhecida como transpaleteira carregava pallet com 1,6 toneladas a uma altura de 4,8 metros, quando a carga máxima permitida para esta altura é de 750 kg. Cliente atingida foi internada com ferimentos, mas já teve alta. Novas imagens mostram queda de caixas de leite condensado sobre mulher no RS Um relatório do Ministério e Trabalho e Emprego (MTE) sobre a queda de mais de uma tonelada de caixas de leite condensado sobre uma cliente de um supermercado em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, apontou que a carga tinha mais do que o dobro do peso suportado pela máquina. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O g1 entrou em contato com o Via Atacadista, que afirma em nota que "sempre pautou suas atividades pelo cumprimento da legislação trabalhista vigente, adotando práticas responsáveis e comprometidas com a integridade nas relações de trabalho". Leia a íntegra abaixo. O incidente, que aconteceu em 9 de março, foi registrado em vídeo e viralizou nas redes sociais. Assista acima. Nas imagens, é possível ver um funcionário operando o equipamento, enquanto a cliente passeia pelas gôndolas e observa os produtos. Na sequência, o maquinário tomba e atinge a mulher. Relembre o caso abaixo. De acordo com o relatório da Superintendência Regional do Trabalho no RS, a máquina conhecida como transpaleteira carregava um pallet de 1,6 toneladas de leite condensado a uma altura de 4,8 metros. Segundo o manual do equipamento, cargas deste peso "só podem ser erguidas até 2,76 metros, sendo que, para alcançar os 4,8 metros exigidos, o peso máximo deveria ser de 750 kg". Além da irregularidade apontada no peso da carga, o relatório do MTE aponta as seguintes "falhas organizacionais no planejamento e execução da atividade": inexistência de dispositivos limitadores de elevação e/ou carga máxima na transpaleteira não identificação de perigos no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) falta de capacitação periódica do operador do equipamento ausência de procedimentos de trabalho e segurança A empresa foi autuada por não constituir a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), não identificar os perigos no PGR, não realizar a capacitação periódica do operador, omitir os riscos associados à atividade no campo correspondente do programa — marcado como “não evidenciado” — e pela ausência ou não utilização de cartão de identificação dos operadores de empilhadeiras. Entenda quais são as responsabilidades legais de mercado O funcionário que manuseava a empilhadeira foi demitido em 20 de março, segundo informou a defesa do suspeito. Ele firmou um termo circunstanciado com a Polícia Civil por lesão corporal culposa. A jovem de 19 anos atingida pela carga está se recuperando em casa depois de precisar passar por uma cirurgia e colocar 12 pinos na região do abdômen. Cliente é atingida por carregamento de leite condensado em atacado no RS Divulgação/ Polícia Civil Relembre o caso O caso aconteceu no dia 9 de março, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A Polícia Civil investigou se houve imperícia no manuseio de equipamento do supermercado. Pessoas que estavam em corredores próximos ao fato ajudaram a retirar as caixas de leite condensado que estavam sobre a cliente ferida e prestaram socorro a ela. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. A mulher atingida foi encaminha ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre e, posteriormente, transferida para o Hospital São Lucas da PUCRS, com os custos arcados pelo Via Atacadista. VÍDEOS: Tudo sobre o RS